segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não Sinto

Por vezes não sinto.

Não sei se por não querer ou por já nem sofrer.

A árvore que fazia de mim fruto secou.

A cada lufada de vento, os galhos secos aos quais me prendia, desfalecem.

Deixam cair pelo chão as folhas secas que outrora usara para escrever meu fado.

Não existe mais céu.

Esse apagou-se com a imensidão do ser ou querer que levaste contigo.

Rezava eu para que regressasses a vida,

como se disso pudesse eu viver a imensidão daquele sentir dantes sofrido.

Agora não sinto.

E nem sei se esse nobre sentimento quero voltar a evocar.

O comboio partiu, o mundo girou e o relógio regressou ao ponto em que me deixaste.

Agora?

Continuarei a apodrecer junto a ela.

A árvore que me viu nascer e tornar fruto da vida que escolheste tu por mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário