
Fora do tempo,
das águas e dos mares,
sou fruta da terra e do vento
que sofre com o sol e novos ares.
Não me colhes maduro,
num sumo que trago dentro.
Morrerei no chão,
abjecto, indesejado e impuro,
por não me colheres em vão.
Morrerei ao centro,
deste chão,
frio e escuro,
sem me agarrares
fora do tempo,
das águas e dos e dos mares.
E num segredo ao mundo,
num suspiro último e profundo,
segredar-te-ei ao ouvido,
que semearei a terra
de um amor que poderia ter sido.
Poema de Alguém muito especial
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